Por Gestão Desmonte
16/10/2025
O setor de desmonte e reciclagem veicular está ganhando força no Brasil com a entrada de grandes grupos empresariais.
O movimento é impulsionado pela busca por sustentabilidade, cumprimento de políticas ambientais e novas oportunidades de negócio na economia circular automotiva.
Nos últimos meses, Grupo Sada, Stellantis e Porto Seguro (via Renova Ecopeças) anunciaram investimentos significativos que marcam uma nova fase da indústria automotiva nacional.
Em agosto de 2025, o Grupo Sada anunciou um investimento de R$ 200 milhões na construção de uma recicladora de veículos em Igarapé (MG).
A nova unidade terá capacidade para processar até 300 mil carros por ano, em uma área de 80 mil m² totalmente automatizada.
Segundo reportagem da AutoData, o projeto prevê:
A planta, chamada internamente de Sada Circular Igar, será uma das mais modernas da América Latina e faz parte do plano estratégico do grupo para neutralidade de carbono até 2030.
Poucos dias depois, a Stellantis inaugurou o Centro de Desmontagem Veicular Circular AutoPeças, em Osasco (SP).
O investimento foi de cerca de R$ 13 milhões, com geração de 150 empregos diretos.
De acordo com o comunicado oficial da montadora (Media Stellantis), o centro:
Com capacidade para desmontar 8 mil veículos por ano, a Stellantis reforça seu compromisso com o conceito “Cradle to Cradle” — do berço ao berço —, um modelo de produção circular adotado globalmente.
A Renova Ecopeças, pertencente ao Grupo Porto Seguro, já atua no segmento de desmontagem e reciclagem há vários anos.
Em 2025, a empresa anunciou a ampliação de sua operação em São Paulo, dobrando sua capacidade de estocagem e desmontagem de veículos.
Segundo a AutoData:
| Empresa / Projeto | Localização | Investimento Estimado | Capacidade (veículos/ano) | Empregos Diretos | Fonte |
|---|---|---|---|---|---|
| Grupo Sada – Recicladora Igar | Igarapé (MG) | R$ 200 milhões | 300.000 | — | AutoData |
| Stellantis – Circular AutoPeças | Osasco (SP) | R$ 13 milhões | 8.000 | 150 | Media Stellantis |
| Renova Ecopeças (Porto Seguro) | São Paulo (SP) | — | 4.000 | — | AutoData |
A indústria automotiva busca reduzir emissões e resíduos, aproveitando melhor os insumos.
Esses investimentos reforçam práticas de ESG (Environmental, Social, Governance) e agregam valor à marca.
O programa Mover e a Lei do Desmonte (Lei 12.977/2014) impulsionam o setor, exigindo logística reversa e rastreamento de peças recicladas.
Além do apelo ambiental, o desmonte é um mercado lucrativo, movimentando peças, metais e plásticos reaproveitáveis, com margens atrativas e novos canais de venda digital.
Apesar do crescimento, o setor enfrenta obstáculos:
Esses desafios, porém, abrem espaço para tecnologia e gestão integrada — algo que empresas especializadas em software para CDVs, como a Gestão Desmonte, vêm ajudando a solucionar.
Entre 2025 e 2030, o mercado brasileiro de reciclagem automotiva deve triplicar de tamanho, com:
Empresas que entrarem cedo nesse setor estarão posicionadas para liderar a economia circular automotiva da próxima década.
O avanço de Sada, Stellantis e Porto Seguro no desmonte veicular marca um ponto de virada para o setor automotivo brasileiro.
A combinação de investimentos milionários, inovação tecnológica e responsabilidade ambiental coloca o Brasil na rota da reciclagem automotiva global.
O futuro do desmonte não é mais apenas desmontar — é reconstruir a indústria sobre bases sustentáveis.
Fontes:
Palavras-chave recomendadas:
desmonte veicular, reciclagem automotiva, Sada recicladora, Stellantis AutoPeças, Renova Ecopeças, economia circular, Lei do Desmonte, Gestão Desmonte, indústria sustentável.
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